Carlos César Floriano esclarece os objetivos do plano nacional de fertilizantes 

O Plano Nacional de Fertilizantes, lançado pelo governo brasileiro em março de 2022, tem como objetivo reduzir a dependência do insumo, além de apresentar uma oportunidade impar com relação às mercadorias emergentes como os adubos enriquecidos com minerais, considerados orgânicos, os organominerais, os remineralizadores, como o pó de rocha, subprodutos com potencial de utilização no agronegócio, os nanomateriais, os bioinsumos, dentre outros produtos. Segundo Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX, “O Plano Nacional de Fertilizantes está programado para os próximos 48 anos, entre 2022 e 2050”, explica.

O desenvolvimento de tecnologias apropriadas ao ambiente tropical de produção brasileiro e a formação de redes de apoio tecnológico ao produtor rural e aos técnicos também compõem o Plano Nacional de Fertilizantes e integram a Caravana Embrapa que recebeu a denominação de FertBrasil.

A ação, organizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, será realizada através de visitas técnicas aos principais polos agrícolas. Ao abordar questões práticas de como aumentar a eficiência e eficácia na utilização dos adubos, a Caravana terá impacto imediato capaz de promover uma economia de até 20% no uso dos insumos relacionados às plantações no Brasil já na próxima safra, que deve promover uma economia de até US$ 1 bilhão para os produtores rurais brasileiros. 

As diretrizes do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) também abordam uma política favorável ao setor quando o assunto é fiscal, incremento de linhas de financiamento aos produtores, apoios às ações privadas, ampliação da capacidade instalada para a produção dos adubos e demais insumos, melhorias na infraestrutura e logística nacionais. “Isso tudo para expandir a produção de fertilizantes e demais insumos  no Brasil”, diz Carlos César Floriano.

O PNF possibilita o crescimento de toda a cadeia produtiva, afinal, o Brasil é reconhecido mundialmente como uma grande potência agroambiental e mineral e, desta maneira, aprofundar e melhorar a produção do insumo.

A integração do Plano Nacional de Fertilizantes reflete a posição do governo federal de continuar consolidando a capacidades e fornecer ferramentas essenciais para o desenvolvimento nacional, sendo o resultado do esforço conjunto, contendo diretrizes e ações que auxiliarão a continuar a transformar os recursos naturais em prosperidade e bem-estar social dos brasileiros de forma sustentável.

O fertilizante, responsável por suprir as plantas com um ou mais nutrientes, é um insumo essencial na produção brasileira e está associado à implantação de novas fontes de nutrição vegetal e tecnologias para melhorar os padrões de produtividade por hectare de terra agricultável. O Brasil é considerado o celeiro do mundo e é o quarto maior produtor de grãos, dentre eles, o trigo, o milho, o arroz, a cevada, a soja, etc, do mundo, respondendo por 7,8% da produção total mundial.

Por este motivo, o Plano Nacional de Fertilizantes acredita que, para os produtores brasileiros conseguirem atender às necessidades internacionais e nacionais na produção de alimentos, é necessário aperfeiçoar o ambiente de negócios, investir em tecnologia e ciência e, desta maneira, garantir investimentos na produção nacional para reduzir a dependência da compra de adubos produzidos no exterior.

Com a população mundial prevista para atingir aproximadamente 9,6 bilhões de pessoas até 2050, de acordo com projeções do Departamento de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (Nações Unidas, 2019), é crucial usar a terra arável com o maior impacto, aumento da produtividade de forma agroecológica sempre que possível. 

A cadeia de adubos é altamente complexa, interagindo com as indústrias de produção de alimentos, energia, química, mineração, petróleo e gás, além do comércio exterior.