Carlos César Floriano informa sobre o zoneamento agrícola para a cultura de maçã

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou as Portarias que atualizam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da macieira no Brasil. Conforme o CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, “O Zarc foi elaborado com base em estudos da Embrapa Uva e Vinho (RS) e da Embrapa Informática Agropecuária (SP), e validado por técnicos, especialistas e representantes do setor produtivo”, explica.

O Zarc Maçã apresenta duas novidades: a unificação dos critérios técnicos utilizados nos estudos de zoneamento e o aumento da área de abrangência, com novas regiões com potencial climático para a produção.

Essas duas novidades são de grande importância para o setor, pois com a unificação da metodologia são facilitadas as avaliações dos riscos por parte dos diversos agentes interessados, como produtores, bancos, seguradoras e governo, enquanto que, com a inclusão de novas regiões no Zarc Maçã, há a possibilidade de ampliação da produção nacional da fruta.

No Zarc Maçã foi aplicada a metodologia utilizada nas demais culturas, na qual a classificação é feita com base na disponibilidade de água e nos índices de temperatura de cada região avaliada, para as diferentes fases da cultura. Segundo Carlos César Floriano, “Os níveis de risco podem variar de até 20%, de 20% a 30%, de 30% a 40% e de mais de 40%”, informa.

Dentro desta metodologia, as áreas com até 20% de risco são as mais indicadas e as com mais de 40% de risco não são recomendadas para o cultivo de macieira.

A metodologia envolveu a seleção de regiões com acúmulo de frio no período de inverno, condição requerida pela cultura, a partir das informações de temperaturas da base de dados meteorológicos. A partir deste levantamento foram estabelecidos três tipos de regiões quanto ao acúmulo de frio hibernal: alto, médio e baixo. Estas definições foram cruzadas com as informações fenológicas da cultura, permitindo definir indicações de cultivo para as diferentes regiões climáticas, aptas ao cultivo da macieira. Com essas informações, os agricultores e técnicos podem planejar melhor o sistema de produção a ser adotado, a fim de evitar que adversidades climáticas coincidam com as fases mais sensíveis da cultura minimizando, assim, os riscos de perdas na produção.

Conforme informações de Carlos César Floriano, “O Zarc Maçã prioriza o plantio de cultivares de macieira que requerem elevado acúmulo de frio hibernal, como as cultivares do Grupo Gala e Fuji para as regiões com esta condição”, destaca. Já em regiões que apresentem baixo acúmulo de frio, são indicadas variedades com menores exigências de acúmulo de frio, como as cultivares Eva, Julieta, Princesa e Condessa.

Carlos César Floriano explica a base de dados

A base de dados meteorológicos utilizadas na atualização do Zarc é composta por séries históricas de aproximadamente 30 anos, obtidas a partir das redes de estações terrestres, meteorológicas e pluviométricas, convencionais e automáticas, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do sistema HidroWeb, operado pela Agência Nacional de Águas, e às pertencentes ao Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), além de redes estaduais mantidas por instituições ou empresas públicas.

Aplicativo Plantio Certo

Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar, por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc, facilitando a orientação quanto aos programas de política agrícola do governo federal. “O aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas/SP), está disponível nas lojas de aplicativos: iOS e Android”, esclarece Carlos César Floriano.

Os resultados do Zarc também podem ser consultados e baixados por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos” e nas portarias de Zarc por Estado.

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