O primeiro abatedouro de São Paulo a conseguir a adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) está localizado na cidade de Fernandópolis, no noroeste do estado. Com entusiasmo, o CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, comenta que “Com o Sisbi, o abatedouro venderá sua produção em todo território brasileiro”, e complementa informando que “Serão contratados novos colaboradores, o que movimentará a economia da região”, explica.
Assim como no Serviço de Inspeção Federal (SIF), as inspeções de produtos cárneos que envolvam o abate de animais precisam ser permanentes. Dito isto, os médicos veterinários do serviço público devem estar presentes durante todo o horário comercial, pois pode apresentar um risco maior para a saúde pública, inclusive para a ocorrência de doenças zoonoses. Difere das inspeções regulares de outros produtos de origem animal, tais como, o mel, os ovos, os laticínios, os peixes, os produtos à base de carne, excluindo os provenientes de abate, e todos os seus subprodutos.
Nesses casos, não é imprescindível que o veterinário permaneça nas dependências da empresa em tempo integral. Como a fiscalização dos abates precisa ser realizada pelo poder público, nem sempre o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) consegue contratar os colaboradores para trabalharem em tempo integral nos abatedouros, todos os dias da semana. Conforme informações de Carlos César Floriano, “A cidade de Fernandópolis investiu na mão de obra qualificada e contratou dois médicos veterinários exclusivamente para o Serviço de Inspeção Municipal”, diz.
Estes supervisionarão o trabalho da fiscalização de saúde pública selecionados pela cidade. “Primeiramente, vamos contratar quatro inspetores com ensino médio para o concurso de dezembro”, explica ao site oficial do Mapa, Mileno Castro Tonissi, veterinário responsável pelo Serviço de Inspeção Municipal de Fernandópolis.
Nos dias atuais, o abatedouro Lira está sendo vistoriado por funcionários da própria empresa sob supervisão do Serviço de Inspeção Municipal e realizando o abate experimental.
“Aderir ao Sisbi é muito benéfico para a cidade, afinal, diversas corporações já estão interessadas nesse diferencial. O próprio abatedouro aumentará muito a contratação e geração de empregos”, disse ao site oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mileno Castro Tonissi.
Além do matadouro, existem outros dois armazéns na cidade que processam carnes que já usam o selo Sisbi. O gerente do abatedouro, Luiz Carlos Kamarowski, confirmou que a ideia inicial era ampliar o quadro de funcionários dos atuais 48 para 109 em um curto espaço de tempo. “O recrutamento começou na segunda-feira, 21 de novembro de 2022”, disse ao site oficial do Mapa. Em sua opinião, não é uma tarefa fácil realizar a contração de mão de obra qualificada, pois o processo produtivo não é automatizado.
O principal item produzido no abatedouro é a carne seca, ou também como é conhecido, o charque. O abatedouro faz parte de um grupo que produz a carne seca com Serviço de Inspeção Federal na cidade de Mogi das Cruzes, estado de São Paulo, tem outras unidades em Uberlândia, estado de Minas Gerais e centros de distribuição em Recife. Pernambuco e em Maceió, em Alagoas. Em janeiro, outro centro de distribuição será inaugurado em Feira de Santana, no estado da Bahia. A finalidade do grupo é distribuir a produção de carne seca para os centros que abastecem a região nordeste.