Deficiência hídrica pode afetar oferta de alimentos

A VMX Agro está sempre buscando novas tecnologias em seus trabalhos no agronegócio, acompanhando as melhores práticas desenvolvidas no País. Contornar os efeitos do calor na lavoura tem ocupado os pesquisadores da Embrapa no desenvolvimento de técnicas de plantio, manejo e novas cultivares que garantam a produtividade. 

“Estamos verificando, com dados observados desde 1980 e com modelos [matemáticos de previsão] até 2040, que a deficiência hídrica está aumentando e que isso pode trazer problema na oferta de alimentos”, alerta Eduardo Assad, especialista em mudanças climáticas da Embrapa Informática Agropecuária.

Segundo ele, além de cultivares mais resistentes ao calor, “o Brasil implantou a melhor política pública do mundo para fazer mitigação da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera pela agricultura, que chama agricultura de baixa emissão de carbono (ABC)”.

O especialista se refere à adoção de sistemas integrados duráveis, presentes já em quase 13 milhões de hectares (4,8% das terras destinadas à agricultura e à pecuária), que combina atividades no campo, para garantir a produtividade em tempo mais quente e também para evitar mais emissões de gases que favorecem o aquecimento. “Não devemos ter grandes extensões de plantação de soja, vai ser soja, pasto e árvore. Isso provoca diminuição de carbono na atmosfera, alta produtividade e diversificação de atividades”, exemplifica.

“Com o sistema integrado todos ganham. A soja sozinha não remove carbono da atmosfera. O pasto melhorado remove, o pasto degradado emite. A floresta é quem mais remove carbono da atmosfera. Os três juntos são campeões de remoção de carbono e são campeões na rentabilidade para o agricultor”, descreve Assad – acrescentando a possibilidade que haja sistemas integrados agroflorestais com culturas como açaí, cacau e café.

O CEO da VMX Agro, Carlos Cesar Floriano, acredita que o avanço das pesquisas é importante para o desenvolvimento do plantio de soja. “Acompanhar esse processo de melhorias do plantio é de suma importância para a melhora da produtividade”, avalia o especialista.

Soja em números

Soja no mundo
Produção: 362,075 milhões de toneladas
Área plantada: 125,691 milhões de hectares
Fonte: USDA (12/06/2019)

Soja nos EUA (maior produtor mundial do grão)
Produção: 123,664 milhões de toneladas
Área plantada: 35,657 milhões de hectares
Produtividade: 3.468 kg/ha
Fonte: USDA (12/06/2019)

Soja no Brasil (segundo maior produtor mundial do grão)
Produção: 114,843 milhões de toneladas
Área plantada: 35,822 milhões de hectares
Produtividade: 3.206 kg/ha
Fonte: CONAB (Levantamento de junho)

Mato Grosso (maior produtor brasileiro de soja)
Produção: 32,455 milhões de toneladas
Área plantada: 9,700 milhões de hectares
Produtividade: 3.346 kg/ha
Fonte: CONAB (Levantamento de junho)

Paraná
Produção: 16,253 milhões de toneladas
Área plantada: 5,438 milhões de hectares
Produtividade: 2.989 kg/ha
Fonte: CONAB (Levantamento de junho)

Rio Grande do Sul
Produção: 19,187 milhões de toneladas
Área plantada: 5,778 milhões de hectares
Produtividade: 3.321 kg/ha
Fonte: CONAB (Levantamento de junho)

Goiás
Produção: 11,437 milhões de toneladas  
Área plantada: 3,476 milhões de hectares
Produtividade: 3.290 Kg/ha
Fonte: CONAB (Levantamento de junho)

Consumo interno de soja em grão (CONAB – 06/2019): 44,000 milhões de toneladas
Exportação de soja em grão (Agrostat): 83,6 milhões de toneladas – U$ 33,2 bilhões (2018)
Exportação de farelo (Agrostat): 16,9 milhões de toneladas – U$ 6,7 bilhões (2018)
Exportação de óleo (Agrostat): 1,4 milhões de toneladas – U$ 1,0 bilhão (2018)
Total exportado (Agrostat): U$ 40,9 bilhões (2018)