Em decorrência da constatação que aves não comerciais, na Colômbia, foram diagnosticadas com Influenza Aviária Altamente Patogênica (IAAP – vírus H5N), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), emitiu alerta sobre a enfermidade no país vizinho. Segundo Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX, “As medidas para prevenir a doença precisam ser adotadas pela iniciativa privada e também pelos produtores”, explica.
A Influenza Aviária Altamente Patogênica é uma moléstia considerada exótica em solo brasileiro e sua precaução deve ser de responsabilidade de todos os envolvidos na sua produção, promovendo esforços conjuntos entre o setor produtivo e o órgão público envolvido, com a finalidade principal de resguardar a saúde pública, bem como, a sanidade da produção agrícola brasileira e, desta maneira, abrandar os eventuais impactos socioeconômicos no caso da doença ser diagnosticada também no Brasil.
Embora as granjas afetadas no país vizinho estejam localizadas longe da fronteira com o Brasil, o Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária tem se reunido com o setor privado para fortalecer a biossegurança nas propriedades brasileiras e a vigilância da influenza aviária (IA), ou seja, a gripe aviária.
Dentre os atos implementados ao longo de 2022, foram revisadas as novas diretrizes de vigilância e notificação da suspeita de gripe aviária e lançados novos programas de vigilância da influenza aviária e da doença de Newcastle.
O novo projeto enfatiza o dever de qualquer cidadão comunicar imediatamente ao Serviço Veterinário do Estado (SVE) aves domésticas e silvestres que apresentem sinais respiratórios, neurológicos ou de alta mortalidade, o que é crucial para a detecção rápida da influenza aviária (IA). “Orientações sobre as características dos casos suspeitos da gripe aviária podem ser localizadas na ficha técnica disponível no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, explica Carlos César Floriano.
O Serviço Veterinário do Estado pode ser notificado através da sua plataforma virtual e-Sisbravet, pessoalmente, por meio de ligação telefônica ou e-mail.
O programa ainda ampliou o monitoramento de aves comerciais e de subsistência, incluindo a amostragem de aves em propriedades localizadas ao longo das rotas de aves migratórias do país. O objetivo da coleta dessas amostras foi, por um lado, demonstrar a ausência de transmissão do agente viral e subsidiar a certificação do Brasil como país livre da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) e, também, implementar processos de mitigação de medidas para conter a enfermidade em tempo hábil, uma vez localizada.
“Dado o estado do mundo da influenza aviária e a disseminação do vírus, principalmente por meio de aves silvestres, o trabalho realizado visa diminuir o risco de ocorrência da doença no país”, explicou ao site oficial do Mapa, Geraldo Moraes, diretor do Departamento de Saúde Animal.
Com a recente notificação da influenza aviária de alta patogenicidade em países da América do Sul e a elevada incidência da influenza aviária de alta patogenicidade relatada em vários países, o Departamento de Saúde Animal exige a notificação imediata de casos suspeitos ao Serviço Veterinário do Estado e a implementação de um novo plano de ação do Serviço Veterinário do Estado para a prevenção da enfermidade, além do reforço de medidas de precaução por meio da biossegurança nas granjas.