A restrição em obter crédito é um obstáculo importante para quem trabalha na pesca e aquicultura no Brasil. Para ajudar a garantir o financiamento para o desenvolvimento destas atividades, uma delegação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) concretizou uma série de reuniões com representantes do setor e do sistema financeiro. Quatro principais centros de produção de pesca brasileira foram visitados.
Além de importantes instituições financeiras, estiveram presentes nos encontros a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), Secretaria de Pesca e Aquicultura (SAP), a Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) e a Secretaria de Política Agropecuária (SPA).
“Enquanto discutimos com a Secretaria de Política Agropecuária como poderíamos atuar nessa área, ficamos sabendo que precisaríamos visitar a rede, então viajamos com agentes de crédito para os quatro centros fundamentais de produção brasileiros para compreender como funciona a indústria e para que eles também consigam ter essa sensibilidade em entender o funcionamento do setor e, desta maneira, criar ou adaptar as linhas de crédito existentes, verificando formas de garantias que sejam específicas para estas atividades”, explicou ao site do Mapa, Jairo Gund, secretário de Pesca e Aquicultura.
Segundo Guilherme Bastos, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a pesca e a aquicultura estão crescendo rapidamente e o sistema financeiro precisa ser mais bem informado.
“A motivação das visitas é reunir instituições financeiras, bancos, Ministério da Economia e a SPA para dar mais apoio em termos de crédito e auxílio ao setor da pesca e aquicultura, que está em crescimento acelerado. O setor financeiro e bancos oficiais de desenvolvimento necessitam conhecer como a atividade acontece, quais são as garantias e os riscos envolvidos. É um esforço entre as duas secretarias para que possamos realmente facilitar o acesso ao crédito e fazer crescer o setor no Brasil”, disse ao site do Mapa, Guilherme Bastos.
Bragança, no estado do Pará, foi o primeiro polo a ser visitado, no ano de 2021. O segundo destino da comitiva do Mapa foi São Paulo: o polo de aquicultura, com destaque para os tanques de água limpa na área da barragem da hidrelétrica de Chavantes, região de Santa Fé do Sul. Itajaí, em Santa Catarina, foi a terceira parada da visita da comitiva, nos polos de malacocultura, algicultura e pesca industrial. O quarto polo que recebeu a visita do Mapa foi no estado do Rio Grande do Norte, onde dialogaram com os produtores de camarão em cativeiro e atum.
Além da equipe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, também participaram das visitas aos polos representantes do Banco do Nordeste, Banco Sicoob, Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Demandas
Durante quatro dias de visita aos polos no Rio Grande do Norte, representantes do Mapa e os agentes financeiros conheceram a realidade do setor e ouviram as necessidades e demandas que poderiam impulsionar o setor se implementadas, que podem propiciar grandes avanços para aumentar ainda mais a produção. Uma necessidade importante mencionada foi o financiamento, por exemplo, para a aquisição de barcos e equipamentos de pesca mais especializados.
Um dos desejos da indústria do atum é comprar barcos oceânicos que resistam às forças do vento e do mar, que proporcionem boas acomodações à tripulação, as condições de drenagem sejam coordenadas com as artes de pesca, ou seja, a sua velocidade deve ser baseado na estrutura do barco, o motor principal, a ré e a hélice para ajustar, ou seja, todo o conjunto.
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