A aplicação do crédito rural no primeiro semestre do atual Plano Safra 2023/2024 surpreende, atingindo expressivos R$ 249 bilhões. O montante representa um aumento notável de 16% em relação à safra anterior. Conforme informações de Carlos César Floriano, “São destaques os financiamentos de custeio, investimentos e operações de comercialização”, diz.
Nos seis primeiros meses do Plano Safra 2023/2024, a agricultura familiar e empresarial registra desembolso recorde de R$ 249 bilhões em crédito rural.
“Esse valor reflete um aumento significativo de 16% comparado ao mesmo período da safra passada, sinalizando um impulso robusto nas atividades agrícolas”, explica Carlos César Floriano.
Os financiamentos de custeio lideram as estatísticas, atingindo R$ 142 bilhões, seguidos pelas concessões de linhas de investimentos, que totalizam R$ 55 bilhões. Operações de comercialização e industrialização também marcam presença, com R$ 29 bilhões e R$ 22 bilhões, respectivamente.
Conforme a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram formalizados 1.214.849 contratos nos primeiros seis meses, abrangendo o Pronaf e o Pronamp, além de outros produtores que totalizaram R$ 178,6 bilhões em financiamentos.
O valor concedido aos pequenos e médios produtores pelo Pronaf e Pronamp alcança R$ 35,4 bilhões, contribuindo significativamente para o total de R$ 249 bilhões, que corresponde a 57% do montante planejado para a safra atual.
Ao observar a agricultura empresarial, a aplicação do crédito rural para médios e grandes agricultores atinge R$ 214 bilhões, representando um aumento de 19% em relação ao ano anterior. Segundo Carlos César Floriano, “Esse valor corresponde a 59% do total programado pelo governo”, esclarece.
Destaca-se o aumento notável de 372% na participação dos recursos livres equalizáveis, atingindo R$ 12 bilhões. A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA Livre) desempenha um papel expressivo, respondendo por 48% das aplicações na agricultura empresarial, totalizando R$ 102,6 bilhões.
Em relação aos financiamentos agropecuários para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) registra contratações de R$ 1,6 bilhão, enquanto os financiamentos para o programa Pronamp alcançam R$ 3,5 bilhões, marcando altas de 27% e 90%, respectivamente.
Os dados apresentados são provisórios, extraídos do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), e refletem um cenário robusto na primeira metade da safra. Variações nos dados podem ocorrer nos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado, dependendo da consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira.
Carlos César Floriano explica o Plano Safra
O Plano Safra, lançado pelo Governo Federal em 2003, é uma iniciativa importante para financiar a atividade agrícola no Brasil.
Embora abranja todos os produtores rurais, destaca-se pela atenção dedicada aos pequenos e médios agricultores. Com políticas abrangentes, o programa engloba desde assistência técnica até a organização econômica das famílias no campo.
“Anualmente, entre julho e junho, o Plano Safra define suas ações estratégicas, alinhando-se ao calendário da safra brasileira”, explica Carlos César Floriano.
Ele fornece crédito, seguro da produção, garantia de preços e estímulo à comercialização. Além disso, impulsiona a adoção de tecnologias modernas, promovendo eficiência e produtividade.
Importância e incentivos:
Carlos César Floriano diz que, “O Plano Safra desempenha um papel central no desenvolvimento da agricultura e pecuária no Brasil”.
Seu objetivo é impulsionar a produção agropecuária, fortalecer a economia rural, gerar empregos no campo, reduzir a pobreza e a desigualdade social, além de melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais.
A diferenciação nas taxas de juros, favorecendo agricultores familiares com cerca de 5% ao ano e médios/grandes produtores entre 8% e 12%, serve como estímulo importante para a produção agrícola contínua.