Edital publicado pela ABDI fornecerá R$ 1,5 milhão para oito projetos-pilotos sobre as tecnologias 4.0 no agronegócio

ABDI tecnologia 4.0 Carlos César Floriano

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em colaboração com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgou na quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022, o segundo Edital sobre a chamada Agricultura 4.0. Conforme informações de Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX, “Para promover a adoção da tecnologia 4.0 no agro brasileiro, serão selecionados oito projetos-piloto para um ambiente inovador”, explica. 

As inscrições tiveram início no dia 14 de fevereiro e seguem até 9 de março de 2022, e deverão ser realizadas diretamente no site https://agro40.abdi.com.br/. 

Os projetos, que representarão as cinco regiões geográficas do Brasil, receberão um total de R$ 1,5 milhão para a divulgação de práticas de adoção e disseminação de tecnologias do Agronegócio 4.0 para a identificação de soluções viáveis ​​e modelos de aplicação, com foco na melhoria da eficiência e também da produtividade e, desta maneira, fazer com que os custos diminuam para os produtores e os consumidores finais por meio da colaboração entre o governo, as empresas, as instituições, a academia e a sociedade.

A esperança é que os vencedores dos projetos estimulem a comunicação e a expansão do uso das tecnologias do Agronegócio 4.0 para outros produtores, ecossistemas e biomas e demais cadeias produtivas, além daquelas para a efetiva finalidade a qual o projeto foi escolhido, afinal, é inegável que o futuro do agronegócio no Brasil e ao redor do mundo será cada vez mais estimulado pela inovação. 

Carlos César Floriano explica como participar

Os interessados em participar deste projeto ​​devem formar grupos de trabalho com representantes do ambiente de inovação, tais como, centros de inovação, incubadoras e aceleradoras, parques tecnológicos, agropecuária e agro cooperativas; empresas que utilizam o setor produtivo como, por exemplo, produtores rurais, cooperativas agroindustriais ou agropecuária, bem como, provedores de soluções tecnológicas como startups e fornecedores do setor do agronegócio. 

Nas regiões Sudeste e Sul, somente um projeto será selecionado e cada um contará com o apoio financeiro de R$ 300.000,00. Nas demais regiões brasileiras, serão selecionados até dois projetos do Centro-Oeste, Norte e Nordeste com uma premiação de R$ 150.000,00 cada.

Além disso, o edital identificou cinco temas para a elaboração dos projetos: o bom uso dos insumos e recursos naturais; utilização correta dos equipamentos e máquinas; bem-estar animal e a segurança sanitária; melhora da cadeia de distribuição, armazenagem e rastreabilidade. 

Quando os projetos forem efetivamente implantados, os resultados esperados são o aumento na competitividade e produtividade do setor agropecuário e a redução dos custos para os produtores e as indústrias participantes no projeto; levar em consideração os cases que foram realizados e, desta maneira, proporcionar mais segurança para o investimento de novos produtores; além de propor Políticas Públicas Qualificadas. Por meio de redes de inovação e dados gerados em projetos e disponibilizados através das plataformas com conteúdos e serviços, o edital também pretende gerar mais informações e comunicação sobre as tecnologias digitais brasileiras.

No ano de 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial lançaram a primeira versão do edital Agro 4.0. Dos 100 projetos recebidos, 14 propostas foram selecionadas. Dentre os projetos, merecem destaque o desenvolvimento da robótica, tecnologias utilizadas no agronegócio como ‘a Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial, análise de dados, sensoriamento remoto, geolocalização, dentre outros temas. 

A aplicação da tecnologia tem alcançado resultados importantes no campo da agricultura. Entre eles, o uso de herbicidas foi reduzido em 70%; Potencial de redução de 20% no uso de água para irrigação e redução de 30% nos custos de eletricidade; redução de até 25% nas emissões de poluentes do gado e redução de 50% no uso de pesticidas químicos.