O Acordo Global de Metano foi assinado por mais de 100 países durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26). A meta deste acordo é diminuir as emissões de metano em cerca 30% até o ano de 2030 em comparação com os níveis registrados no ano de 2020.
Para alcançar esta meta, o acordo inclui medidas para diminuir as emissões em diversos setores, tais como petróleo e gás, mineração de carvão, agricultura e gestão de resíduos. Além disso, o acordo tem como objetivo adicionar a colaboração internacional e a troca de conhecimentos e tecnologias para atingir esta meta.
O Brasil se juntou a 103 países que assumiram o acordo de diminuir as emissões de metano. A adesão do Brasil ao acordo foi considerada como uma das principais conquistas da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas. A diminuição das emissões de metano é relevante, pois é um gás de efeito estufa mais potente do que o dióxido de carbono.
A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas é considerada uma ocasião para evitar as consequências sem precedentes resultantes da crise global do clima.
A COP26 começou no domingo, 31 de outubro de 2021, na cidade escocesa de Glasgow. O Acordo Global de Metano é um compromisso global para diminuir as emissões de metano e é uma das principais iniciativas da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas para enfrentar a atual crise climática do mundo.
Participação e ações do Brasil para diminuir os impactos do gás metano
Entre os dias 21 e 24 de fevereiro de 2023, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) participou do congresso Methane Workshop na capital francesa, Paris. O evento foi promovido pela Climate and Clean Air Coalition (CCAC), organização vinculada à UN Environment Programme (UNEP/ONU), e teve como meta principal compartilhar conhecimentos e experiências sobre a redução da emissão de metano no mundo.
Durante o congresso, a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do MAPA, Renata Miranda, apresentou o trabalho inovador e as tecnologias sustentáveis já utilizadas na agropecuária do Brasil, com destaque para a Política Pública Setorial da Agricultura e Pecuária sobre Mudanças Climáticas, conhecido popularmente como o Plano ABC+.
Renata Miranda também destacou as tecnologias utilizadas no Brasil para reduzir a emissão de metano, como o melhoramento genético do rebanho e das pastagens, as práticas de manejo aprimoradas, o tratamento de resíduos animais e a terminação intensiva.
Estas ações são essenciais para diminuir os efeitos das mudanças climáticas e são continuamente aprimoradas por meio de políticas públicas e de cooperação internacional.
A inclusão da ciência tropical em fóruns internacionais é fundamental para equilibrar e aprofundar as discussões sobre segurança alimentar no contexto dos impactos que o setor agropecuário pode sofrer com as mudanças climáticas. O congresso foi importante para a troca de experiências e para demostrar ao mundo o comprometimento do produtor rural brasileiro com a produção sustentável, agregando valor e abrindo novas oportunidades de mercado.
Participaram do congresso os 20 países que assinaram o Acordo Global de Metano, pactuado na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), em 2021. O acordo prevê a promoção de ações voluntárias para reduzir as emissões globais de metano em pelo menos 30% em relação aos níveis de 2020 até o ano de 2030, diminuindo mais de 0,2°C no aquecimento global até 2050.