Na sexta-feira, 29 de julho de 2022, foi considerado finalizado o simulado no campus da Universidade de São Paulo, localizado na cidade de Pirassununga, para testar a barreira sanitária contra a febre aftosa. Participaram do teste quatro médicos veterinários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e 47 médicos veterinários da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
A simulação é uma ocasião de treinamento sobre os atos que necessitam ser realizados frente a uma emergência de saúde. Igualmente representa a perspectiva de verificar ocasionais pontos de melhoria pelos mais diferentes participantes do simulado, explicou ao site do Mapa, Daniele Cavalcante, auditora fiscal federal agropecuária, chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde Animal da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP).
A instalação de barreiras sanitárias nas vias mais importantes para realizar a inspeção e desinfecção do tráfego veicular; vistoria do imóvel para apuração de novos episódios; logística para o encaminhamento de provas para a verificação em laboratórios; cursos sobre como os serviços devem responder às emergências sanitárias; utilização de sistemas de computadores para a informação; treinamentos sobre a assessoria de imprensa e comunicação, além da necessidade das compras nas ocasiões de consideração a uma situação de emergência, foram alguns temas tratados durante o simulado.
O registro mais recente de febre aftosa documentado no estado de São Paulo foi no mês de março de 1996. São Paulo vem tomando medidas para remover as vacinas obrigatórias para a doença no estado. A simulação é uma das diretrizes incluídas no plano estratégico para esta finalidade. Danilo Kamimura, chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da Superintendência Federal de Agricultura em São Paulo (SFA-SP), esclareceu ao site oficial do Mapa, que o exercício foi “como um curso contra incêndios” para se preparar para tempos de crise.
Os médicos veterinários participantes do simulado fazem parte do Grupo Estadual de Atenção às Suspeitas de Enfermidades Emergenciais (Gease), instituído por meio do Regulamento CDA número 10/2022, para prestar cuidados a possíveis focos de doenças.
A equipe foi informada sobre as medidas a serem tomadas no Plano de Contingência de Febre Aftosa a partir da situação de emergência sanitária animal, quando um surto da doença é confirmado.
O primeiro passo é compreender a gravidade e extensão do surto, explicou Gabriel Torres, chefe da Divisão de Aftosa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Brasília. Essas ações têm como objetivo principal o controle da febre aftosa no menor espaço geográfico plausível.
Além de ampliar as operações de vigilância, o programa estabeleceu regras para a movimentação controlada de animais, limitando a circulação. De acordo com Gabriel Torres, os médicos veterinários devem determinar o escopo de atuação dos surtos e realizar ações específicas de vigilância nestes setores.
Ao mesmo tempo, a limitação pode também contar com vacinações de emergência, o sacrifício sanitário de animais e a declaração de áreas exclusivas de contenção.
O evento foi organizado pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo com ajuda e participação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootécnica da USP, Faculdade de Zootecnia e Engenharia da USP e da Prefeitura do Campus Fernando Costa da USP.
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