Em uma decisão fundamental, o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, prorrogou por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária em todo o país devido à Influenza Aviária. “O Brasil, até o momento, mantém-se como país livre de doenças, mas ações preventivas visam conter riscos potenciais”, destaca Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, emitiu a Portaria nº 624, prolongando o estado de emergência zoossanitária em virtude da detecção do vírus da Influenza Aviária de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no território brasileiro.
Conforme informações de Carlos César Floriano, “Essa medida proativa tgem como principal objetivo evitar a propagação para a produção comercial de aves”, diz.
Apesar de não haver registros do vírus em criações comerciais até o momento, o país acumula 139 focos confirmados, principalmente em aves silvestres, aves de subsistência e mamíferos.
O ministro Carlos Fávaro destaca a importância de medidas preventivas, orientando a população a evitar o contacto direto com aves doentes, destacando que o consumo de produtos avícolas funcionais não representa risco.
Carlos César Floriano: riscos e desafios da influenza aviária
A Influenza Aviária é uma ameaça global, com ciclos pandêmicos, impactando o comércio internacional de produtos avícolas.
Detectada pela primeira vez em maio deste ano de 2023 em território nacional, a presença do vírus em aves silvestres não compromete a posição de país livre de Influenza Aviária de alta patogenicidade para o comércio.
No entanto, a adaptação do vírus ao homem e a possível transmissão entre humanos representam riscos significativos.
A exposição a aves silvestres, principalmente aquelas migratórias e/ou aquáticas, é identificada como o principal vetor de transmissão.
Medidas de biosseguridade em estabelecimentos avícolas, que limitam a exposição de aves domésticas a aves silvestres, surgem como a principal estratégia de mitigação de riscos. “Além disso, a globalização e o comércio internacional são fatores de aumento do risco de propagação”, explica Carlos César Floriano.
A prorrogação da emergência zoossanitária reforça o compromisso nacional de enfrentamento à Influenza Aviária. A mobilização de recursos, a articulação entre diferentes esferas governamentais e a colaboração com entidades não governamentais são essenciais para conter a propagação da doença.
Segundo Carlos César Floriano, “O desafio persiste, e a nação brasileira permanece vigilante para garantir a segurança alimentar e a preservação da saúde humana e animal”, esclarece.
O Brasil, diante da prorrogação da emergência zoossanitária, reitera seu compromisso em lidar proativamente com a ameaça da Influenza Aviária. As ações em curso buscam preservar a saúde das aves, a segurança alimentar e o status internacional do país como livre da IAAP.
Nesse enfrentamento, a colaboração de todos é importante para mitigar riscos e garantir a estabilidade do setor avícola brasileiro.