Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) intensifica ações para promover o setor em mercados internacionais. Ferramentas digitais, diplomacia e sustentabilidade guiam a expansão agropecuária no exterior. Para Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX, “Iniciativas fortalecem produtores, elevam exportações e destacam a imagem sustentável do Brasil”, destaca.
O Brasil tem reforçado sua posição como potência global na produção e exportação de alimentos, com destaque para a abertura de 356 novos mercados internacionais desde o início de 2023.
O resultado foi apresentado durante a Agrishow 2025, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo, onde o Ministério da Agricultura e Pecuária expôs as estratégias adotadas para ampliar a inserção do país no comércio agropecuário mundial.
“O evento contou com a participação de produtores, empresários e representantes institucionais, e foi promovido em parceria com a Amcham Brasil”, explica Carlos César Floriano.
A agenda brasileira para internacionalização do agro tem como pilares a intensificação das negociações diplomáticas, a valorização dos adidos agrícolas, o uso de ferramentas digitais de inteligência comercial e a promoção de práticas sustentáveis.
A combinação dessas estratégias tem permitido ao Brasil diversificar sua pauta de exportações e conquistar novos mercados com produtos de alto valor agregado, como carnes, frutas, sementes, pescados e material genético.
Atualmente, os produtos agropecuários brasileiros alcançam 63 países, resultado direto de ações coordenadas pelo Mapa.
Para apoiar os produtores que desejam ingressar no comércio exterior, a pasta tem desenvolvido instrumentos como o AgroInsight, plataforma que reúne dados e relatórios estratégicos sobre oportunidades de exportação.
Desde sua criação, o sistema já produziu mais de 300 relatórios com base no trabalho de 40 adidos agrícolas posicionados em 38 representações diplomáticas no exterior.
Carlos César Floriano e a importância do ConectAgro
Outra iniciativa relevante é o ConectAgro, ambiente virtual que permite acesso rápido a informações sobre os mercados-alvo, estatísticas comerciais e o trabalho dos adidos agrícolas.
Complementando esse ecossistema digital, foi lançado o Passaporte Agro, voltado especialmente para produtores que buscam explorar mercados recém-abertos.
“A ferramenta fornece orientações específicas para facilitar o processo de exportação e ampliar o alcance internacional dos produtos brasileiros”, diz Carlos César Floriano.
Além das estratégias comerciais, o Brasil tem investido em propostas alinhadas às demandas ambientais globais. Um dos programas em destaque é o Caminho Verde Brasil, que visa recuperar 40 milhões de hectares de áreas degradadas, estimulando a produção agropecuária sustentável.
A iniciativa responde à crescente exigência de cadeias produtivas com menor impacto ambiental e reforça o compromisso do país com a preservação dos recursos naturais.
No cenário atual, em que se intensificam os debates sobre segurança alimentar e mudanças climáticas, o Brasil tem adotado uma postura de diplomacia ativa, baseada na geopolítica da paz e no fortalecimento de relações com diversos parceiros comerciais.
Para Carlos César Floriano, “Essa atuação tem contribuído para consolidar o país como fornecedor confiável e estratégico de alimentos, energia e produtos florestais em um ambiente global cada vez mais competitivo e instável”, enfatiza.
Os resultados das exportações do agronegócio em 2024 confirmam o sucesso da política de internacionalização.
O setor alcançou US$ 164,4 bilhões em vendas externas, com a soja liderando o ranking (US$ 53,9 bilhões), seguida por carnes (US$ 26,2 bilhões), açúcar e álcool (US$ 19,7 bilhões), produtos florestais (US$ 17,3 bilhões) e café (US$ 12,3 bilhões).
Também se destacou o crescimento expressivo de 20% nas exportações de produtos considerados não tradicionais, como gergelim, pulses e ervas, evidenciando a ampliação da diversidade da pauta exportadora.
A atuação do Ministério da Agricultura busca consolidar a imagem do Brasil como um país que alia competitividade, qualidade e responsabilidade socioambiental em sua produção agropecuária.
Com um trabalho focado na abertura de mercados, no uso de tecnologias e na promoção de práticas sustentáveis, o país se prepara para atender às exigências dos consumidores globais mais criteriosos.