O governo brasileiro recebeu com satisfação a autorização do mercado paraguaio para exportar sêmen e embriões de ovinos e caprinos. Segundo o CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, “Iniciadas em março, as negociações concluíram em novembro, com a aprovação do Certificado Sanitário Internacional, garantindo padrões zoosanitários necessários para a exportação”, diz.
O Paraguai abriu suas portas para o material genético animal brasileiro, excluindo o material bovino, destacando as medidas sanitárias rigorosas desde a manipulação até o transporte, evitando contaminações.
Segundo dados do governo brasileiro, as exportações do material, excetuando-se o material genético bovino, totalizaram USD 825,2 mil de janeiro a outubro deste ano.
“Os principais destinos das exportações brasileiras são Costa Rica, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai”, explica Carlos César Floriano.
A expansão do Brasil para 65 novos mercados em produtos agropecuários neste ano é fruto da colaboração entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Essa iniciativa impulsionou a abertura de oportunidades para o setor agropecuário brasileiro, promovendo a venda de genética animal para novos países, sendo o Paraguai o mais recente a aderir às exportações brasileiras desse tipo de material.
Carlos César Floriano: desvendando a ciência por trás da hereditariedade
A genética animal é um campo da biologia que estuda a hereditariedade, ou seja, como os traços e características são transmitidos de uma geração para outra nos animais.
Esse ramo da ciência visa compreender a estrutura e a função dos genes, bem como, suas variações, impactos e relações com o desenvolvimento e funcionamento dos seres vivos.
Os genes, unidades fundamentais da hereditariedade, são segmentos do DNA que carregam as informações necessárias para a síntese de proteínas e influenciam características como cor, tamanho, resistência a doenças e até mesmo comportamento nos animais.
Segundo Carlos César Floriano, “A transmissão dos genes ocorre de pais para filhos, determinando parte das características que cada animal exibirá ao longo da vida”, esclarece.
No âmbito da genética animal, há um foco especial na criação seletiva, um processo que busca desenvolver características específicas em animais de interesse econômico, como maior produtividade, resistência a doenças ou adaptação a diferentes ambientes.
Esse processo é realizado por meio do cruzamento seletivo de indivíduos que possuem as características desejadas, visando promover a expressão desses traços em gerações futuras.
A genética animal também desempenha um papel importante na identificação de doenças genéticas e na criação de estratégias para reduzir ou eliminar sua ocorrência nas populações. Testes genéticos são frequentemente utilizados para detectar e prevenir condições hereditárias em animais, possibilitando melhorias na saúde e bem-estar desses seres.
Os avanços na área da genômica têm revolucionado a genética animal, permitindo a análise de genomas inteiros de diversas espécies.
Isso tem contribuído para um entendimento mais profundo da relação entre genes e características, possibilitando o desenvolvimento de técnicas mais precisas de melhoramento genético e identificação de marcadores genéticos associados a características desejadas.
“No cenário atual, a genética animal desempenha um papel fundamental na produção agropecuária”, explica Carlos César Floriano.
Ela é responsável por impulsionar o melhoramento genético de animais de criação, visando não apenas o aumento da produção de alimentos, mas também a qualidade e eficiência na criação de gado, suínos, aves, entre outros.