CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, aprova e comemora a iniciativa do Programa de Residência Profissional Agrícola (AgroResidência) promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que tem como principal objetivo a capacitação de jovens estudantes e graduados para atuarem no campo.
Segundo Carlos César Floriano “a proposta central deste projeto é aproximar o universo acadêmico com a realidade do campo, contribuindo para a formação de profissionais”, explica.
No total, 76 projetos de instituições de ensino foram selecionados no primeiro edital para desenvolverem atividades de qualificação técnica com 943 estudantes e recém-egressos dos cursos de ciências agrárias e afins, sendo distribuídos da seguinte maneira: 35 projetos no Nordeste, 15 no Norte, 8 no Centro-Oeste, 8 no Sudeste e 10 no Sul.
Cada projeto leva em conta as características das atividades agropecuárias de cada região, potencial e necessidade como, por exemplo, no Tocantins existem projetos voltados para a cadeia produtiva do leite e para a pecuária de corte; no Sertão sergipano, outro projeto trabalha com os jovens a otimização de sistemas de produção de milho e forragens e, no Rio Grande do Sul, as temáticas são as práticas agronômicas de manejo e conservação do solo, agricultura de precisão e outras.
Em Minas Gerais, nos municípios de Viçosa, Lagoa Formosa e Conselheiro Lafaiete, quatro residentes já estão colocando em prática os novos conhecimentos com atividades voltadas para nutrição animal, planejamento forrageiro e aumento de qualidade, com o propósito de ampliar a produção de leite e a rentabilidade do produtor.
Outro projeto que já está com os alunos em campo ocorre no município de Iguatu, no Ceará. Os dez residentes aprendem técnicas de agricultura de precisão e manejo racional da adubação e dos recursos hídricos, com o auxílio do geoprocessamento, sensoriamento remoto e machine learning.
No Pará, o projeto ‘Unindo a Teoria com a Prática’ também iniciou as atividades, com nove residentes. Em unidades demonstrativas de campo, eles trabalham com manejo da soja e do milho, e vivenciam o dia a dia da assistência técnica agronômica.
Carlos César Floriano comenta que “o AgroResidência vai colaborar com o aprofundamento dos conhecimentos práticos e teóricos dos participantes, ampliando as possibilidades de atuação na área de formação profissional”.
Carlos César Floriano esclarece o funcionamento do AgroResidência
Por meio de Editais de Chamamento Público, o Mapa seleciona propostas apresentadas por instituições de ensino de todo o país para a qualificação técnica dos estudantes. Após o processo de seleção, o resultado é divulgado no portal do Ministério.
Os interessados na residência profissional agrícola devem entrar em contato com as instituições de ensino escolhidas para obter informações sobre a seleção dos residentes. Cada instituição determina os próprios critérios e procedimentos de seleção, respeitando o estabelecido pelo Programa.
O AgroResidência é voltado para jovens, com idades entre 15 e 29 anos, estudantes ou recém-egressos de cursos de nível médio ou superior de ciências agrária e afins. Os estudantes deverão ter cursado todas as disciplinas e os egressos deverão ter concluído o curso há, no máximo, 24 meses – inicialmente o prazo era de 12 meses, mas foi ampliado devido à pandemia do coronavírus e deve seguir assim até dezembro 2021.
São custeadas as bolsas para residentes e professores orientadores, havendo a possibilidade, em alguns casos, de custeio de bolsa para coordenador técnico e administrativo. A política pública prevê, ainda, custos com a participação de residentes, professor orientador, técnico orientador e de colaboradores eventuais em reuniões, oficinas, seminários, congressos e afins.
São consideradas Unidades Residentes para a realização das atividades: fazendas ou unidades de produção, empresas do agronegócio, cooperativas, empresas de assistência técnica, nacionais ou internacionais, da administração direta e indireta, e a sociedade civil organizada.
A Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF) do Mapa, por intermédio do Departamento de Desenvolvimento Comunitário, é responsável por coordenar as ações de implementação do AgroResidência, instituído por meio da Portaria nº 193, de 16 de junho de 2020.Os recursos federais para o programa totalizam R$ 17,1 milhões.