Na busca contínua por um futuro mais sustentável e próspero, o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, assumiu um papel de destaque ao participar do lançamento do ambicioso Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho 2023-2025. Conforme informações do CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, “Este Projeto é o resultado de uma iniciativa da ApexBrasil e da Unem”, explica. O principal objetivo é a promoção do etanol de farelo de milho como uma alternativa energética inovadora, agregando valor ao agronegócio brasileiro e aumentando a oferta desse produto para a produção de proteína animal.
No evento, realizado em Sorriso, estado do Mato Grosso, o ministro ressaltou a importância de novas iniciativas como essa, que visam abrir mercados internacionais e gerar oportunidades para o Brasil se destacar globalmente.
Em sua fala, o ministro afirmou que o país já é produtor de energia renovável, mas enfatizou que há ainda muito mais a ser feito no ciclo de aproveitamento da produção.
Ele destacou a relevância de fortalecer laços entre produtores, agências governamentais, associações, sindicatos e federações para reconstruir e alavancar o Brasil economicamente.
A parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos e a União Nacional do Etanol de Milho representa um passo estratégico para potencializar a oferta de farelo de milho (DDG/DDGS) no mercado internacional.
“Esse insumo é amplamente utilizado como fonte proteica e energética na produção de ração animal, tornando-se uma peça chave para a indústria pecuária”, esclarece Carlos César Floriano.
Estima-se que até os anos de 2031 ou 2032, a produção de etanol de milho brasileiro saltará para 10,88 bilhões de litros, o que proporcionará uma oferta aproximada de 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS para o mercado global.
Carlos César Floriano destaca produção mundial do milho
O Brasil é o terceiro maior produtor de milho no mundo, ficando atrás somente da China e dos Estados Unidos. Cerca de 10% dos grãos produzidos são direcionados à fabricação de etanol, uma prática realizada com o milho de segunda safra.
Esse método consiste em plantar o milho na mesma área após a colheita da safra principal, no mesmo ano agrícola, eliminando a necessidade de utilizar terras adicionais e, consequentemente, reduzindo consideravelmente as emissões de gás carbônico.
De acordo com as métricas do governo brasileiro, o etanol de milho apresenta uma das menores pegadas de carbono entre todas as usinas de etanol do país, atingindo cerca de 17gCO2/MJ.
A transição energética tornou-se uma pauta urgente para o Brasil, e o país se destaca como líder mundial na produção de etanol de cana-de-açúcar, porém, não tem deixado de explorar o potencial do etanol de milho, capitalizando suas vantagens e capacidade produtiva.
Para Carlos César Floriano, “Essa postura tem consolidado o Brasil como protagonista na busca por soluções sustentáveis, fortalecendo sua posição no cenário internacional”, diz.
Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, reforçou o compromisso da agência em valorizar os produtos brasileiros e investir em inovação para que a cadeia produtiva extraordinária do etanol e do milho possa se tornar competitiva globalmente. A parceria com a Unem também é vista como emblemática por Guilherme Nolasco, presidente-executivo da instituição, que acredita que esse setor emergente tem um potencial significativo para impulsionar as exportações, com impacto significativo na geração de empregos, renda e arrecadação de impostos.