Uma sombra inquietante paira sobre o mundo dos cavalos: o mormo, enfermidade infecciosa causada pela bactéria Burkholderia mallei. CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, informa que “O Mapa publicou a Portaria n.º 593 com as diretrizes para a prevenção, controle e erradicação desta doença no Brasil”. Conheça os sintomas, transmissão e os esforços para controlar o mormo que preocupa criadores e autoridades veterinárias.
Foi divulgada a Portaria n.º 593, que revoga a Instrução Normativa n.º 6 de 2018 pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. A nova portaria traz normas de maneira geral para a cautela, controle e eliminação do mormo no Brasil, conforme o Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE).
No vasto universo dos equinos, onde a paixão por cavalos encontra seu lar, surge uma preocupação que intriga criadores e especialistas: o mormo.
Essa enfermidade infecciosa, causada pela bactéria Burkholderia mallei, traz desafios que ecoam por campos, haras e centros equestres. “Compreender o mormo é crucial para proteger os animais e preservar a indústria equina”, explica Carlos César Floriano.
O mormo, também conhecido como lamparão, é altamente contagioso e afeta principalmente equídeos, como cavalos, burros e mulas. A bactéria invade o organismo do animal e provoca infecções graves no trato respiratório e outros órgãos vitais.
Carlos César Floriano relata como ocorre a transmissão
A transmissão ocorre pelo contato direto entre animais doentes e sadios, por meio de secreções nasais ou feridas cutâneas. Objetos contaminados, como equipamentos de montaria, também podem disseminar a doença.
A detecção precoce é um dos maiores desafios enfrentados por veterinários e autoridades sanitárias, pois os sintomas iniciais podem se assemelhar a um simples resfriado.
Tosse persistente, febre alta, corrimento nasal e feridas nos membros são indícios que requerem atenção.
O mormo é considerado doença de notificação obrigatória em muitos países, exigindo que casos suspeitos sejam comunicados às autoridades veterinárias para adoção de medidas preventivas e de controle.
O controle do mormo varia de acordo com a legislação de cada nação. Eutanásia pode ser a única opção em algumas regiões para evitar disseminação, enquanto em outras, tratamentos com antibióticos podem ser viáveis.
A aplicação de medidas drásticas enfrenta resistência de criadores e equitadores, temerosos de perder animais valiosos e companheiros inseparáveis. Essa divergência é um dos aspectos mais complexos no combate ao mormo.
Especialistas enfatizam a importância da prevenção para conter o avanço da enfermidade. Isolamento de animais suspeitos, higiene adequada e controle rigoroso do trânsito de animais são medidas fundamentais para evitar o contágio.
Conscientização e educação dos criadores também são essenciais para identificar sinais precoces da doença e tomar as precauções necessárias. Segundo Carlos César Floriano, “Ações conjuntas entre autoridades, veterinários e criadores são fundamentais para conter o mormo”, diz. Em busca de soluções abrangentes, pesquisadores e instituições científicas se dedicam ao estudo da doença e ao desenvolvimento de vacinas. Uma vacina eficaz seria uma poderosa ferramenta na prevenção do mormo.