Com base no forte aumento do preço da carne registrado no fim de 2019, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou a prioridade do setor agropecuário é abastecer o mercado brasileiro e depois atender a demanda externa.
Na visão de Carlos Cesar Floriano, CEO do Grupo VMX, é importante o governo traçar uma estratégia para o mercado interno, sem perder o foco na abertura do comércio internacional. “Acreditamos que é preciso um olhar estratégico sobre o agronegócio brasileiro. Temos totais condições de fornecer produtos de qualidade no mercado interno e ainda fazer do Brasil uma referência internacional”, afirma o especialista.
O Grupo VMX alinha os mais elevados conceitos de criação agropecuária do mercado com técnicas que ajudam a elevar a produtividade com práticas sustentáveis. “Continuar competindo no mercado internacional contribui para a evolução do agronegócio brasileiro, elevando os padrões de qualidade. Aqui no grupo já atingimos um patamar técnico de referência”, destaca Carlos Cesar Floriano.
A abertura de mercado externo, segundo a ministra, além de permitir o equilíbrio dos preços, também contribui para a melhoria da qualidade da produção nacional. A ministra participou da inauguração do Complexo Avícola da Dália Alimentos, na comunidade de Palmas, em Arroio do Meio (RS). O frigorífico tem capacidade inicial de abate para 55 mil aves/dia, fábrica de farinhas de origem animal e fábrica de rações. O investimento foi de R$ 96 milhões e o início do abate está agendado para o dia 27 de janeiro de 2020.
Mercado do Leite
Antes da inauguração, a ministra visitou uma unidade de produção de leite da Dália Alimentos, com ordenha robotizada. A cooperativa tem quatro condomínios com tecnologia de ponta, nos municípios de Nova Bréscia, Arroio do Meio, Candelária e Roca Sales. Cada empreendimento conta com três robôs para a ordenha das vacas. A cooperativa investiu cerca de R$ 6 milhões em cada granja, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Para a ministra, o modelo adotado pela Dália Alimentos pode ser o caminho para a melhoria do setor leiteiro do país. A ministra entende que é necessário profissionalizar o setor leiteiro e aprimorar os métodos de produção para elevar a produtividade e baixar o custo de produção.
O projeto da Dália Alimentos reúne pequenos produtores num modelo associativo de produção leiteira. Cada condomínio tem capacidade para alojar 262 animais, sendo 210 vacas em lactação, com ordenha robotizada por meio de um sistema tecnológico sueco. A produção é de 6,5 mil litros/dia, totalizando 2.372.500 litros/ano. O leite é produzido em um local único, com otimização de recursos, equipamentos, mão de obra e tempo investido. Os animais recebem assistência técnica intensiva e alimento balanceado e regular, o que impacta na produtividade e na eficiência.
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