Com 2,2 milhões de hectares plantados, estimativa de aumento de 6,7% na safra de café em 2022 é comentada pelo CEO do Grupo VMX

Na quinta-feira, 15 de dezembro de 2022, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou o 4º Levantamento da Safra de Café 2022, com destaque para a produção cafeeira em território nacional, com as informações do fechamento da safra do ano de 2022. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, o volume a ser atingido deverá representar 50,92 milhões de sacas. Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX, explica que “O café beneficiado em 2022 apresentou um aumento de 6,7% ao ser confrontado com a safra do ano anterior”, informa.

Quando comparado com a safra de 2020, também considerada de bienalidade positiva, o índice registrado em 2022 deve representar uma diminuição de 19,3% relacionado, especialmente, aos problemas climáticos que os produtores tiveram que enfrentar ao longo do ano, tais como, geadas ou falta de chuvas em determinadas regiões.

Na safra do ano de 2022, a área nacional de plantio de café está estimada em 2,2 milhões de hectares, dos quais 1,8 milhão de hectares são lavouras, um aumento de 1,8% sobre a safra de 2021. Conforme informações de Carlos César Floriano, “A área total cultivada é de 400,6 mil hectares, um aumento de 0,6% em relação à temporada anterior”, explica. 

Das plantações, cerca de 1,5 milhão de hectares são dedicados ao café arábica e 389.000 hectares ao café do tipo conilon. 

“Um dos destaques deste estudo da safra é que observamos um aumento na produtividade média nacional de café, que chegará a 27,7 sacas por hectare, 4,8% acima da safra anterior”, declarou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, Guilherme Ribeiro. “Esse aumento de produtividade ocorreu em duas variedades cultivadas no país: a arábica e o conilon. O café do tipo arábica teve produtividade de 22,5 sacas/ha, um aumento de 2,7% em relação ao ano de 2021, enquanto o café conilon foi de 46,8 sacas/ha, um crescimento de 7,9% em relação à temporada anterior”, explicou.

Segundo levantamentos da Conab, os volumes de produção também confirmam o aumento dessas duas variedades. A produção do café arábica foi de 32,7 milhões de sacas, alta de 4,1% em relação à temporada anterior, enquanto o café do tipo conilon produziu 18,1 milhões de sacas, aumento de 11,7% em relação à temporada anterior. 

“O 4º Levantamento destaca que as condições climáticas que ocorreram entre maio a setembro de 2021 terão influência decisiva na recuperação do ciclo da alta bienalidade desta colheita”, comenta Carlos César Floriano

O estado de Minas Gerais obteve 22 milhões de sacas de café beneficiado na colheita de bienalidade positiva, diminuição de 0,8% em relação ao ano de 2021, devido à menor produtividade, que já foi 36,6% menor que a safra de 2020. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, é possível reverter a bienalidade para o café arábica, mas são necessárias pelo menos mais duas safras para confirmar a tendência.

No estado do Espírito Santo, considerado o segundo maior produtor de café do Brasil, foram produzidas cerca de 16,7 milhões de sacas. A produção do café conilon foi de 12,4 milhões de sacas, um aumento de 10,1% em relação ao ano anterior. 

Carlos César Floriano informa que, “Para a variedade arábica, a produção foi de 4,4 milhões de sacas, um aumento de 48,1% em relação à safra do ciclo anterior”, explica. O levantamento da Pesquisa Agropecuária da Companhia Nacional de Abastecimento também utilizou dados fornecidos pelo monitoramento agrícola e agrometeorológico. 

“O monitoramento agrícola do café é realizado por meio do desenho de um mapa da área de plantio, que facilita a quantificação da extensão de produção, o acompanhamento da dinâmica de uso do solo e a análise das condições agrometeorológicas, desde o início da floração até o final da colheita, explicou o superintendente substituto de Informações da Agropecuária Rodrigo Souza. “Quanto ao monitoramento agrometeorológico, coletamos outros parâmetros que afetam as lavouras, como precipitação acumulada, máxima e mínima, além da média histórica”, esclarece.