O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou na segunda-feira, 11 de abril de 2022, um seminário para celebrar o Dia Nacional da Conservação do Solo, comemorado no dia 15 de abril.
Pesquisadores do tema e técnicos do Ministério trataram no seminário sobre os desafios para o desenvolvimento rural sustentável e as políticas públicas que devem ser aplicadas para alcançar esta meta.
A preservação do solo envolve um conjunto de princípios e técnicas agrícolas que tem como objetivo a gestão adequada das terras aráveis, mantendo a sua qualidade física, química e biológica e evitando a degradação. Quando o solo é usado adequadamente, ele fornece serviços ambientais essenciais, como armazenamento de água, regulação do clima, conservação da biodiversidade, sequestro de carbono, além de garantir a produção de alimentos, fibras e energia em benefício de toda a população brasileira e mundial.
“Não há dúvida de que o solo é um dos recursos naturais mais importantes da população mundial, a base para garantir a segurança alimentar e a conservação da biodiversidade, e um enorme reservatório de carbono. O Brasil lidera políticas públicas estratégicas para promover e provocar o manejo sustentável do solo”, enfatizou o ministro Marcos Montes, citando algumas iniciativas do Mapa, como o Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos), Águas do Agro e ABC+.
A aplicação de métodos ambientalmente corretos auxilia para o progresso da sustentabilidade dos sistemas de produção, pois reduz o risco de perda de solo por erosão, perdas de nutrientes e consequente assoreamento e poluição de rios e cursos d’água. As principais práticas agrícolas voltadas para a conservação do solo incluem sistemas de plantio direto, sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta (ILPF), rotação de culturas, adubação orgânica, adubação verde, terraços e nivelamento e faixas.
De acordo com o Mapa de Carbono do Solo, o Brasil armazena 5% do carbono orgânico de todo o ecossistema terrestre em seus solos, principalmente nos biomas Amazônico e Pampa, segundo o presidente da Embrapa, Celso Moretti. “Proteger os solos ajuda a mitigar as mudanças climáticas e reduzir os gases de efeito estufa. É importante lembrar que os solos são um dos maiores sumidouros de carbono do ecossistema terrestre. Se hoje já alimentamos 800 milhões de pessoas, preservando dois terços do território brasileiro e conhecendo apenas 5% dos solos brasileiros, imagina o que poderemos fazer conhecendo 50% dos solos”, defendeu Moretti.
O PronaSolos é considerado o maior programa de investigação do solo do Brasil. O programa acumula atualmente as informações de mais de 30 instituições privadas e públicas com a finalidade de estimular a participação dos demais setores da sociedade, contribuindo desta maneira, com o grande desafio mundial e continental para uma melhor gestão dos solos brasileiros.
Com o particularizado conhecimento a respeito dos solos do Brasil, o PronaSolos disponibilizará os conhecimentos e novos dados, aprimorando a aplicação das informações que serão disponibilizadas por meio da tecnologia presente em apenas uma plataforma.
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