Foi divulgado na terça-feira, 5 de julho de 2022, no Diário Oficial da União pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as Portarias nºs 247 a 265 sobre a cultura da soja para constituir o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).
A principal meta é a redução dos riscos associados às questões climáticas e aos riscos das medidas sanitárias adotadas na defesa dos vegetais contra a ferrugem asiática da soja. Os fatores climáticos que mais impactam na produtividade da soja são o fotoperíodo, a temperatura do ar e as chuvas.
O período de semeadura é um dos motivos mais importantes que afetam a produtividade da cultura da soja, ou seja, determina a exposição da cultura às mudanças por razões climáticas limitantes. Portanto, a semeadura na época errada pode afetar o tamanho da planta, o ciclo e a produtividade, além de evidenciar o crescimento das perdas durante a colheita.
Para o cuidado e domínio da ferrugem asiática, é necessário cumprir as normas estabelecidas pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, quanto ao vazio sanitário e os cronogramas de plantio. Para a indicação da janela de plantio, o estudo do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) levou em consideração a Portaria SDA nº 607, de 21 de junho de 2022, que constitui as datas de plantio da soja para a safra dos anos de 2022 e 2023.
Com o lançamento do Zarc sobre o plantio da soja, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento finalizou a representação gráfica de datas, etapas e prazos para a emissão do Decreto das Culturas de Verão 2022/2023. Desta maneira, os agricultores e agentes financeiros possuem mais segurança em termos de seguro de safra e contratos de crédito rural.
Entendendo o Zarc
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático tem como meta a redução dos riscos associados às questões climáticas e permitir que os agricultores determinem as épocas ideais de plantio, levando em consideração as regiões do Brasil, tipos de solos e culturas.
As pesquisas e os modelos agrometeorológicos levam em consideração fatores que afetam inteiramente o desenvolvimento do plantio da soja, tais como, a temperatura, pluviosidade, umidade relativa do ar, episódios de geadas, umidade disponível do solo, necessidades hídricas das culturas e elementos geográficos como, por exemplo, a longitude, latitude e altitude.
Os produtores rurais que adotam as indicações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático ficam menos expostos aos riscos climáticos e ainda podem se beneficiar do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitas instituições financeiras só emitem crédito rural para cultivos dentro da área demarcada e para as variedades cultivadas na portaria de zoneamento indicadas pelo Zarc.
Publicado pela primeira vez em 1996, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático atualmente abrange 26 estados e o Distrito Federal, incluindo mais de 60 sistemas de produção para culturas constantes e anuais. A pesquisa científica tecnológica é realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que possui, em seus 32 centros de estudos e parceiros, mais de 150 especialistas.
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