No dia 28 de setembro de 2022, foi realizado na cidade de Bagé, no estado do Rio Grande do Sul, o seminário sobre a metodologia de Boas Práticas Agrícolas de Produção Integrada com a efetiva participação de técnicos, analistas, especialistas e produtores, dentre outros, sobre as cadeias produtivas da maçã, do morango, da uva para processamento, do tabaco e do azeite de oliva do estado.
No decorrer do evento, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Instituto Certifica e Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) emitiram o primeiro certificado de conformidade para produção de azeitonas para a empresa Estância das Oliveiras Agroindustrial.
Este certificado confirma que o fabricante adotou as “Boas Práticas Agrícolas” em sua produção e está apto a utilizar a certificação PI-Brasil e receber o selo brasileiro de certificação – Qualidade Agrícola. No estado do Rio Grande do Sul, são plantados cerca de 7.000 hectares de oliveiras. O cultivo geralmente ocorre em regiões temperadas com longos invernos frios e chuvosos e verões mais curtos caracterizados pela pouca chuva.
Por meio de um vídeo gravado, Cleber Soares, secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI), informou sobre a importância do evento para promover o debate e os conceitos fundamentais de melhoria das boas práticas agrícolas, as quais são a base da produção integrada, da ação social, da gestão e da economia.
“Através desta troca, esperamos oferecer aos consumidores produtos cada vez mais sustentáveis, com qualidade superior, de valor agregado, que gerem renda, riqueza e qualidade de vida não só para os produtores, mas também para toda a sociedade”, explicou ao site oficial do Mapa, Cleber Soares.
Após a cerimônia de abertura, os participantes assistiram a diversas palestras de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, do Instituto Certifica e também da participação de agricultores que trabalham diretamente com a cultura.
Foram abordados temas como “Soluções tecnológicas para a diversificação dos Sistemas Produtivos Sustentáveis na região do Pampa”; as “Vantagens da Certificação em Produção Integrada”; “Experiências e perspectivas de adesão do produtor rural ao Sistema de Produção Integrada”; “Produção Integrada na Agropecuária”, dentre outros.
Entendendo a Produção integrada
A Produção Integrada Brasil (PI Brasil) é um sistema de produção contemporâneo fundamentado em boas práticas que eleva os padrões de qualidade e competitividade dos produtos agrícolas e serve como ferramenta de apoio aos produtores para poderem atender a um mercado cada dia vez mais rígido.
Ajustar os procedimentos de produção para a obtenção de hortaliças e produtos vegetais de alta qualidade é um dos focos da Produção Agrícola Integrada (PI Brasil). Para cumprir o modelo voluntário, os produtores precisam adotar as Boas Práticas Agrícolas (BPA) em suas lavouras de acordo com as diretrizes do Mapa.
Cartilhas sobre a Produção Agrícola Integrada
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aproveito o evento para apresentar as cartilhas “Produção Integrada Agropecuária: Rastreabilidade e Alimento Seguro”, que trata do uso de modernas técnicas de produção, atendimento à sustentabilidade ambiental, requisitos de segurança alimentar e aplicação de tecnologias como georreferenciamento e rastreabilidade. Todos os materiais podem ser acessados diretamente no site do Mapa.
As cartilhas descrevem todas as etapas de produção integrada de culturas, tais como, da uva, do morango, do tomate, do feijão, da maçã e das hortaliças folhosas, inflorescências e especiarias. Para ilustrar como a Produção Integrada é desenvolvida, foram criados 15 personagens com a finalidade de explicar de forma fácil de entender os assuntos.
As cartilhas foram divididas em dez assuntos importantes, as quais são:
– Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil);
– Norma Técnica para Produção Integrada;
– Organização e gestão de prioridade;
– Documentação;
– Manejo Integrado de Produção;
– Armazenamento e preparo de agrotóxicos,
– EPIs, descarte de resíduos e embalagens;
– Colheita, classificação, embalagem, etiquetamento e armazenamento da produção;
– Amostragem e análise de resíduos de agrotóxicos, micro-organismos e outros; e,
– Norma Técnica Específica, Cadernos de Campo e Pós-colheita.
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