O agronegócio brasileiro alcançou um marco histórico em outubro de 2024, com exportações que somaram US$ 14,27 bilhões, representando um aumento de 6,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Esse resultado reflete, tanto o crescimento no volume exportado, quanto uma leve elevação nos preços praticados”, diz Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX. A conquista reforça o papel do setor como pilar econômico do país, respondendo por quase metade de todas as exportações brasileiras.
Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) destacam que os setores de maior contribuição foram o complexo soja, carnes, produtos florestais, açúcar, café e cereais.
Os principais setores exportadores responderam por 82,7% das vendas internacionais do agronegócio em outubro, alcançando um total de US$ 11,80 bilhões.
O aumento nos embarques de itens como carne bovina, açúcar, farelo de soja e celulose foi decisivo para o desempenho positivo do mês.
Avanço nas exportações de carnes e café
O setor cafeeiro também impressionou, registrando US$ 1,40 bilhão em vendas, um aumento de 61,1% comparado ao mesmo mês do ano anterior. As exportações de café verde lideraram, somando US$ 1,31 bilhão, impulsionadas por um aumento de 12% no volume embarcado.
As vendas de açúcar mantiveram a trajetória ascendente, com 3,73 milhões de toneladas exportadas em outubro, gerando US$ 1,76 bilhão. Apesar de uma redução no preço médio do produto, o aumento do volume garantiu o crescimento da receita.
“As exportações de carnes se destacaram como um dos setores com maior crescimento, atingindo US$ 2,62 bilhões em outubro, um incremento de 38,6% em comparação ao mesmo mês do ano anterior”, destaca Carlos César Floriano.
Produtos emergentes e tendências
Além dos setores tradicionais, produtos como suco de laranja, algodão não cardado, feijões secos e bovinos vivos também apresentaram expansão significativa nas exportações.
“Esses itens somaram US$ 362 milhões em ganhos adicionais, reforçando a diversificação da pauta exportadora”, explica Carlos César Floriano.
O desempenho robusto do agronegócio no mês de outubro contribuiu para reverter uma leve queda registrada nos meses anteriores. Até setembro, o setor apresentava uma retração de 0,2%, mas o avanço de outubro elevou o acumulado do ano para um crescimento de 0,3%.
Desempenho no acumulado de 2024, segundo Carlos César Floriano
De janeiro a outubro de 2024, as exportações do agro somaram US$ 140,02 bilhões, um recorde para o período.
O valor superou em 0,7% o registrado no mesmo intervalo de 2023. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento no volume embarcado, que subiu 6,6%, apesar da queda de 5,9% nos preços médios.
O agronegócio manteve sua posição como principal motor das exportações brasileiras, representando 49,2% da pauta total. “Embora a redução nos preços tenha limitado um avanço ainda maior, o volume exportado garantiu um desempenho sólido para o setor”, ressalta Carlos César Floriano.
Os números recordes de outubro evidenciam o papel estratégico do agronegócio no equilíbrio da balança comercial brasileira e no fortalecimento da economia.
Com a contínua expansão da demanda global e o aumento da competitividade dos produtos nacionais, o setor segue como um dos principais alicerces para o desenvolvimento econômico do país.