Governo destina R$5,1 bilhões no Plano Safra para impulsionar o agronegócio e agricultura familiar

Em um movimento surpreendente, o Governo Federal adiantou contratações que estavam programadas para o próximo ano agrícola, resultando na injeção de R$ 5,1 bilhões extras no Plano Safra 2023 – 2024. Segundo Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX, “A partir de 30 de agosto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social disponibilizou recursos adicionais nos Programas Agropecuários do Governo Federal”, explica.

Do total, R$ 3,4 bilhões serão direcionados para a agricultura empresarial, com destaque para o programa Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras), que foi destinado R$ 1 bilhão para a compra de equipamentos e máquinas agrícolas.

Já a agricultura familiar contará com um adicional de R$ 1,7 bilhão por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Os Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGFs), do BNDES, abrangem o financiamento para custeio e investimento agrícola em diversas finalidades. “Incluindo projetos de expansão e modernização da produção, além da compra de maquinário, entre outras iniciativas”, diz Carlos César Floriano.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Aloizio Mercadante, enfatiza o esforço do Banco em apoiar a agricultura de precisão. Ele ressalta que essa é a maior participação do BNDES na história do Plano Safra, abrangendo tanto a agricultura comercial, quanto a agricultura familiar.

No primeiro semestre, o Banco aumentou seu desembolso para o setor agrícola em expressivos 54%, quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

Mercadante destaca ainda a melhoria na gestão, com monitoramento em tempo real das propriedades rurais, evitando empréstimos para áreas de desmatamento irregular.

Carlos César Floriano e a importância do BNDES para o agronegócio brasileiro

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é um grande apoiador do setor agropecuário, distribuindo seus recursos por meio de agentes financeiros parceiros para produtores rurais e cooperativas.

No Plano Safra 2023 e 2024, já foram protocolados mais de R$ 11,5 bilhões via instituições parceiras, incluindo agências de fomento, bancos de montadoras, cooperativas de crédito, bancos cooperativos, bancos privados e bancos públicos.

“Esse modelo de operação descentralizada possibilita a distribuição eficaz de recursos em todo o país”, conforme entendimento de Carlos César Floriano, que complementa, “O que facilita o desenvolvimento da política pública de apoio à agropecuária e beneficiando aproximadamente 57,5 mil produtores e as cooperativas rurais”, esclarece.

Essa expansão no acesso ao crédito se reflete no orçamento recorde do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para o Plano Safra 2023 – 2024, que totaliza R$ 38,4 bilhões, um aumento significativo de 53% em relação ao Plano Safra do ano passado.

Desse montante, R$ 26,4 bilhões são destinados a recursos com juros equalizados dos Programas Agropecuários do Governo Federal, enquanto os R$ 12 bilhões restantes provêm diretamente do BNDES Crédito Rural, garantindo a disponibilidade contínua de recursos para o setor do agronegócio brasileiro.