Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento promove para chefs o uso de produtos com IG

MAPA promove para chefs o uso de produtos com IG 

Para fortalecer a utilização na culinária dos produtos com Indicação Geográfica (IG), a Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP) está se aproximando dos treinamentos para chefs e, desta maneira, estimular o uso destes itens em suas futuras criações.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é representado no estado pela Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP).

No próximo dia 28 de setembro de 2022, no Hotel Escola Águas de São Pedro do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), docentes e estudantes participarão de palestra sobre Indicações Geográficas com o Fiscal Federal Agropecuário Francisco José Mitidieri da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo. A proposta é a inclusão de produtos com Indicação Geográfica específicos da região, tirar dúvidas dos estudantes e estimular a utilização e a valorização destes itens na gastronomia.

Ao degustar pratos desenvolvidos com estes produtos, o cliente conseguirá “navegar” por sua história, imaginando-se na terra e perambulando pelas pessoas que a fizeram. “É uma ocasião para abrir o sentido de cheiros, texturas e paladares da cozinha tradicional”, explicou Francisco José Mitidieri ao site oficial do Mapa.

Os primeiros passos nessa direção ocorreram em junho, quando Mitidieri frequentou o Senac de Campos do Jordão, que oferece cursos de graduação em gastronomia. Neste período, Mitidieri dialogou com os diretores, educandos e estudantes sobre a Indicação Geográfica. “O objetivo é que ele retorne para o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial para a troca de informações com os alunos. Mitidieri possui uma noção muito apurada sobre a IG”, disse ao site oficial do Mapa, Daniel Sales, professor do curso de Produtos de Origem e Patrimônio Alimentar.

Os treinamentos de gastronomia do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial no Hotel localizado na cidade de Campos do Jordão, em São Paulo, abrangem aproximadamente 200 estudantes ao longo de dois anos. Após se formar como tecnólogo em gastronomia, os graduados poderão trabalhar como chefs pessoais, trabalhar em estabelecimentos gastronômicos (inter)nacionais, prestar serviços em hospedarias, cruzeiros e outros setores do turismo, dentre outras localidades.

Sales afirmou que a abordagem da aula não se limita à prática do preparo do alimento. “As aulas envolvem uma ampla reflexão sobre os problemas sociais, culturais, etnográficas, geográficas e econômicas”, disse ao site do Mapa. Um foco especial em produtos com IGs faz parte dessa visão.

Compreendendo a Indicação Geográfica

O apontamento de Indicação Geográfica (IG) confere aos produtos ou serviços características de origem, que lhes conferem reputação, valor intrínseco e identidades próprias, além de distingui-los de produtos similares disponíveis no mercado.

A Indicação Geográfica nem sempre assinala certos fatores sensoriais de um produto. Por exemplo, no caso de uma indicação de origem, o que importa são a reputação, as tradições de produção de uma área geográfica e os aspectos históricos e culturais que podem estar associados às matérias-primas.

Conforme Francisco José Mitidieri, as vantagens do procedimento de Indicação Geográfica vão além da valorização do item no momento da venda. “Os produtores acabarão por desenvolver uma cultura sindicalista, poderão engajar-se em compras coletivas em maior escala, elevarão o padrão de boas práticas de produção e terão um patrimônio protegido”, detalhou ao site oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Sales afirma que estes instrumentos coletivos são necessários para que os envolvidos nos projetos consigam realizar os planos de Indicação Geográfica. O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial no Hotel de Campos do Jordão, em São Paulo, desenvolve concepções de investigação e alcance, como o ‘Saberes da Mantiqueira’, aonde os estudantes vão a campo e interagem com os fabricantes. “Às vezes encontramos criadores que possuem chances de criarem bons produtos com Indicação Geográfica, mas não é raro que estes não possuam informações e conhecimentos necessários para tal”, explicou ao site do Mapa.

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