Ministério da Agricultura destaca a relevância da biodiversidade no setor agropecuário

Em evento realizado na cidade de Brasília, no Distrito Federal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou os resultados do Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose).

Este painel de discussão foi idealizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com a iniciativa de abordar políticas públicas relacionadas à gestão costeira, gestão de florestas, uso da terra, identificar pontos necessários de capacitação e prevenir eventuais doenças.

Durante a reunião “Demandas de Conhecimento em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos por parte da Gestão de Políticas Públicas”, a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Renata Miranda, apresentou alguns dos programas de bioeconomia agrícola em andamento no ministério.

Entre eles, foram destacados os avanços na Política Nacional de Recursos Genéticos para Agropecuária e Alimentação, bem como o Programa Nacional de Bioinsumos.

Conforme a secretária, o debate demonstrou a transversalidade e a responsabilidade das diversas áreas envolvidas.

A colaboração entre os órgãos envolvidos é essencial para avançar na identificação, conservação e desenvolvimento dos ativos da biodiversidade brasileira.

A importância da biodiversidade no agronegócio

A biodiversidade é um tesouro que sustenta a vida na Terra. No setor agropecuário, ela desempenha um papel crucial, proporcionando serviços ecossistêmicos essenciais para a produção de alimentos, a preservação do solo e a qualidade da água.

A biodiversidade agrícola é uma fonte inesgotável de recursos genéticos, oferecendo variedades de plantas e animais adaptados às diferentes condições ambientais.

Uma das principais contribuições da biodiversidade no agronegócio é a polinização. As abelhas e outros polinizadores desempenham um papel fundamental na reprodução de diversas culturas agrícolas, aumentando a produtividade e garantindo a qualidade dos frutos.

Sem a presença desses agentes polinizadores, muitas plantas não seriam capazes de se reproduzir, o que teria um impacto significativo na produção de alimentos.

A biodiversidade desempenha um papel crucial na regulação de pragas e doenças no campo, pois com a presença de organismos predadores naturais, como insetos benéficos e aves, isso contribui para o controle biológico de pragas agrícolas, reduzindo a necessidade de pesticidas e promovendo uma produção mais sustentável.

A diversidade de microrganismos presentes no solo também é fundamental para a saúde das plantas, auxiliando na ciclagem de nutrientes e no controle de patógenos.

Entretanto, a biodiversidade no agro enfrenta desafios significativos. A expansão das áreas agrícolas, o uso intensivo de agroquímicos, a degradação dos habitats naturais e as mudanças climáticas são fatores que ameaçam a diversidade biológica.

A perda de biodiversidade agrícola é uma preocupação real, pois muitas variedades de culturas tradicionais estão desaparecendo, substituídas por monoculturas comerciais.

A adoção de práticas agrícolas sustentáveis é essencial para proteger e promover a biodiversidade no setor agropecuário. Por exemplo, a agroecologia, busca integrar os princípios da ecologia aos sistemas de produção agrícola, valorizando a diversidade de espécies e promovendo a conservação dos recursos naturais.

Diversificação e a rotação de culturas, o manejo integrado de pragas e a conservação de áreas naturais são estratégias que contribuem para a preservação da biodiversidade no campo.