Mapa define alocação de R$ 6,37 bilhões do Funcafé para a safra 2023/24, impulsionando o setor cafeeiro brasileiro. Com financiamentos destinados ao custeio, comercialização e recuperação de cafezais, o direcionamento dos recursos busca fortalecer a cadeia produtiva e promover o desenvolvimento sustentável. As taxas de juros serão definidas em conjunto com o Plano Safra 2023/2024, garantindo condições favoráveis aos produtores. O Funcafé reforça o compromisso com o café, principal commodity agrícola do Brasil.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou recentemente a definição dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2023/2024.
Com um total de R$ 6,37 bilhões aprovados pelo Conselho Monetário Nacional, essa alocação visa atender às necessidades do setor cafeeiro no próximo período de produção.
De acordo com a Portaria 592 do governo federal, foram estabelecidos os seguintes valores para as linhas de financiamento: R$ 1,62 bilhão para crédito de custeio, R$ 2,35 bilhões para crédito de comercialização, R$ 1,48 bilhão para o Financiamento para Aquisição de Café (FAC), R$ 883 milhões para o crédito de capital de giro destinado a indústrias de café solúvel, de torrefação e a cooperativas de produção, e R$ 30 milhões para a recuperação de eventuais cafezais comprometidos.
As taxas de juros do Funcafé deverão ser estabelecidas com o Plano Safra dos anos de 2023 e 2024. Isso demonstra o compromisso em ajustar as condições de financiamento de acordo com as demandas e as perspectivas do setor.
No caso de haver saldo de recursos contratados e não aplicados em alguma linha de crédito, será possível realizar um novo direcionamento desses recursos em dezembro de 2023.
Essa flexibilidade permite uma gestão mais eficiente dos recursos, garantindo que sejam aproveitados da melhor forma possível para impulsionar o desenvolvimento da cafeicultura.
As instituições financeiras terão a conveniência de destinar os recursos do Funcafé no exercício de 2023. Para isso, elas têm um prazo de 10 dias para apresentar suas propostas de demanda por recursos e a documentação necessária para habilitação. Essas orientações estão detalhadas na portaria publicada recentemente.
Uma vez habilitadas, as instituições financeiras firmarão contratos para o repasse dos recursos do Funcafé. Isso significa que, a partir da segunda quinzena de julho, os recursos estarão disponíveis para produtores, cooperativas, indústrias e exportadores, impulsionando toda a cadeia produtiva do café.
Vale mencionar que o Funcafé teve um desempenho recorde na safra 2022/2023, com 96% dos R$ 6,058 bilhões ofertados sendo aplicados.
Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo foram os principais beneficiados, com 68%, 15% e 9,9% dos recursos utilizados, respectivamente.
O direcionamento dos recursos do Funcafé para a safra 2023/2024 reforça o compromisso do governo em apoiar o setor cafeeiro, reconhecendo sua importância para a economia do país.
O café é uma das principais commodities agrícolas brasileiras, e sua produção e comercialização têm um impacto significativo na geração de empregos, na geração de renda e no desenvolvimento das regiões produtoras.
Com o Funcafé, os cafeicultores têm acesso a financiamentos com condições favoráveis, o que contribui para o aumento da produtividade e da qualidade do café brasileiro. O fundo auxilia ainda na modernização das propriedades, no fortalecimento da infraestrutura e na melhoria das práticas sustentáveis de produção. Nesse contexto, a definição dos recursos do Funcafé para a próxima safra é uma notícia positiva para o setor cafeeiro. A expectativa é que esses recursos sejam bem aplicados, impulsionando a produção, a comercialização e a competitividade do café brasileiro, tanto no mercado interno, quanto no mercado internacional.