O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) instituiu a Câmara Temática AgroCarbono Sustentável, em um evento que reuniu presencial e virtualmente mais de 100 participantes, na cidade de Brasília, no Distrito Federal. Conforme informações do CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, “Essa nova iniciativa tem como principal objetivo unir setores público e privado, fortalecendo discussões para políticas que impulsionem a sustentabilidade no agronegócio”, diz.
A meta é estabelecer políticas integradas e estratégias colaborativas que abordem temas fundamentais como segurança alimentar, preservação ambiental, resiliência climática e a manutenção da posição do Brasil como grande exportador mundial.
“Essa abordagem visa alinhar o agronegócio brasileiro às demandas da sociedade e às expectativas do mercado internacional”, explica Carlos César Floriano.
Na reunião inaugural, o presidente da câmara, José Angelo Mazzillo Júnior, enfatizou a necessidade de coordenar as diversas iniciativas existentes, buscando uma visão ampla para garantir a integralidade e a abrangência de um plano de país para a sustentabilidade do agronegócio.
Carlos César Floriano explica que os membros da câmara serão designados posteriormente
Ainda que os membros sejam designados posteriormente, os temas de debate já foram estabelecidos.
Quatro grupos focais serão formados: taxonomia, rastreabilidade e certificações, finanças sustentáveis e participação nos mercados de carbono.
Segundo Carlos César Floriano, “O objetivo é posicionar a agricultura brasileira como exemplo de desenvolvimento econômico e responsabilidade socioambiental, não apenas em produtividade”, esclarece.
O assessor especial do ministro Carlos Fávaro, Carlos Augustin, destacou o papel da nova câmara como um fórum unificado para discutir diversos aspectos transversais relacionados à sustentabilidade do setor.
A discussão sobre o mercado de carbono será fundamental, visando os descontos no crédito rural para as práticas mais sustentáveis.
Com 44 entidades em sua composição inicial, a câmara inclui representantes de produtores, de financiadores, de certificadores, de auditores, de agtechs, de reguladores, da academia e de entidades envolvidas na sustentabilidade do agronegócio. “Essa diversidade visa promover soluções mais abrangentes e eficazes para a sustentabilidade das cadeias produtivas”, esclarece Carlos César Floriano.
A criação da câmara foi oficializada pelo ministro Carlos Fávaro antes de sua missão no Oriente Médio e Europa ao lado do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os próximos passos incluem um workshop em janeiro de 2024 para ouvir os reguladores sobre a situação do agronegócio sustentável, com a presença de ministérios e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).