Com identidade cultural diversa, belas paisagens, gastronomia de qualidade e arquitetura renomada, terra do chimarrão e um inverno que atrai sempre muitos turistas do Brasil e do mundo, o estado do Rio Grande do Sul também se destaca pelos produtos que ganharam relevância e importância pelos valores e tradições que agregam, como a Indicação Geográfica (IG) registrada na região.
Para divulgar esses itens já existentes no estado gaúcho e inspirar produtores de outras regiões a se organizarem para que as tradições e técnicas locais sejam reconhecidas e valorizadas por seus produtos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou o livro sobre as ‘Indicações Geográficas do Rio Grande do Sul: registradas até março de 2021’. A publicação reúne artigos escritos por diversos autores representando instituições colaboradoras deste trabalho e produtores relacionados às IGs.
Edna Maria Ferronatto, pesquisadora em Tecnologia e Ciências Agrícolas e criadora da publicação, comentou ao site oficial do Mapa sobre a ideia por trás da elaboração do livro e os motivos de todos os registros estarem reunidos em um único material. “Vejo muitos brasileiros escrevendo sobre os IGs do Rio Grande do Sul porque são referências para outras pessoas do Brasil. Também tenho curiosidade de saber como estão essas pessoas que apoiam a construção destas Indicações Geográficas, como lidam com as IGs. Sabe-se que é o coletivo de toda a região, de todas as pessoas de um determinado local, que delimita os elos da cadeia produtiva”, explicou Edna, que também é colaboradora na Superintendência Federal da Agricultura do Rio Grande do Sul.
A Indicação Geográfica é divida em dois tipos. A primeira é a Indicação de Procedência (IP), que é a designação geográfica de um país, cidade, região ou território que foi referido como centro de extração, produção, fabricação ou de um determinado tipo de serviço.
O segundo é a Denominação de Origem (DO), ou seja, é a designação geográfica de um país, cidade, região ou lugar dentro de seu território que designa um serviço ou um produto. cuja qualidade ou caráter. depende total ou principalmente do meio geográfico, incluindo fatores humanos e/ou naturais.
O registro de uma Indicação Geográfica em uma região traz benefícios não só aos produtores diretamente relacionados ao saber fazer, mas, também, à economia da região em que está inserida. Por exemplo, atrair mais turistas, criar mais empregos, trabalhar em benefício da gastronomia local e promover o desenvolvimento no campo.
“As IGs não são fruto de criação, elas já existem, são produtos que possuem o nome associado à geografia e à história do local. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento identifica esta região e, as benfeitorias que daí advém, estão muitas vezes ligadas as melhores estruturas de cadeias, ao fortalecimento cooperativismo e também associativo, deixando os produtores orgulhosos, pois passam a valorizar o que possuem e olham para a história, o produto, de outra maneira”, informou ao site do Mapa, Débora Santiago, coordenadora de Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários do Mapa, comentando o papel do Ministério nesse processo.
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