Transparência ESG: como comunicar resultados sustentáveis com credibilidade

Transparência ESG: como comunicar resultados sustentáveis com credibilidade

Em meio à crescente exigência de consumidores, investidores e órgãos reguladores, a transparência na comunicação dos resultados ESG (Ambiental, Social e Governança) tornou-se uma exigência estratégica para empresas brasileiras de todos os setores, incluindo o agronegócio. Para o CEO do Grupo VMX, Carlos César Floriano, “Mais do que um diferencial, prestar contas de forma clara e verificável é, em 2025, uma condição de sobrevivência em mercados cada vez mais atentos às práticas de sustentabilidade corporativa”, explica.

Relatórios ESG, auditorias externas, certificações independentes e o uso de métricas padronizadas são algumas das ferramentas adotadas pelas organizações que buscam fortalecer a confiança de seus públicos. 

A comunicação transparente sobre metas ambientais, impactos sociais e práticas de governança passou a ser monitorada não apenas por acionistas, mas também, por consumidores finais.

Durante anos, muitas empresas trataram a divulgação de resultados sustentáveis como um apêndice das suas ações de marketing. 

Hoje, esse cenário mudou. A adoção de estruturas pré-definidas internacionais como o GRI (Global Reporting Initiative) e o SASB (Sustainability Accounting Standards Board) se tornou prática comum, permitindo que os stakeholders comparem os desempenhos socioambientais de diferentes corporações.

Carlos César Floriano alerta para a responsabilidade que acompanha a transparência ESG. “Divulgar resultados sustentáveis vai muito além de publicar um relatório anual. É um compromisso diário com a verdade dos dados, com a rastreabilidade das ações e com a coerência entre discurso e prática”, afirma.

A transparência na comunicação ESG deixou de ser somente uma resposta a pressões externas. 

Para muitas empresas, tornou-se uma forma de conquistar vantagem competitiva, especialmente em setores onde a diferenciação de marca passa pela credibilidade em temas ambientais e sociais.

Grandes companhias do agronegócio, mineração, energia e indústria de transformação estão entre os setores mais avançados nesse processo.

Carlos César Florianocomo evitar o risco de greenwashing

O chamado greenwashing – prática de exagerar ou deturpar ações ambientais para conquistar simpatia do público – tornou-se uma preocupação central na comunicação ESG. 

Com consumidores e órgãos fiscalizadores cada vez mais atentos, as empresas precisam reforçar a veracidade dos dados apresentados.

“Não basta comunicar, é preciso comprovar. Cada meta, cada redução de emissão, cada ação social deve ser acompanhada de indicadores mensuráveis e auditáveis”, reforça Carlos César Floriano

A melhor defesa contra acusações de greenwashing é a adoção de relatórios baseados em metodologias reconhecidas e revisados por auditorias independentes.

Outra tendência é o uso de tecnologia para dar mais robustez aos relatórios. Plataformas digitais que fazem o rastreamento em tempo real das emissões de carbono, do consumo de recursos naturais e da performance social têm sido incorporadas aos sistemas de gestão corporativa.

Os próprios investidores têm exigido maior detalhamento nas informações divulgadas. Fundos de investimento sustentáveis, por exemplo, só consideram empresas com um histórico comprovado de desempenho ESG positivo.

Carlos César Floriano defende que a construção da confiança passa pela regularidade na comunicação. “A transparência não pode ser pontual. Ela deve fazer parte da cultura organizacional, com dados divulgados de forma contínua e acessível a todos os públicos”, ressalta.