A revolução tecnológica no campo chegou também aos rebanhos. Com a digitalização da zootecnia, o cuidado com os animais ganha novos contornos, combinando ciência, sensoriamento e inteligência artificial para garantir saúde, conforto e produtividade sustentável. Para Carlos César Floriano, CEO do Grupo VMX, a transformação digital não substitui o olhar humano, mas o amplia. “A tecnologia permite conhecer o animal em profundidade, entender seu comportamento e antecipar suas necessidades”, explica.
A zootecnia digital representa um avanço decisivo na relação entre o homem e os animais de produção. Por meio de dispositivos inteligentes, é possível monitorar o comportamento, a alimentação e o ambiente, criando condições ideais para cada espécie.
O acompanhamento contínuo permite identificar alterações no padrão dos animais e agir antes que problemas se agravem.
Sensores, coleiras inteligentes e sistemas automatizados substituem o controle baseado somente na observação visual. Os dados coletados são enviados para plataformas integradas, onde softwares analisam informações sobre movimento, temperatura e até padrões de descanso.
O resultado é um ambiente mais equilibrado, que une produtividade e respeito à vida.
Segundo Carlos César Floriano, essa nova fase da zootecnia redefine o conceito de manejo. “Quando o bem-estar animal passa a ser medido por informações em tempo real, o campo se torna mais eficiente e mais humano. É a ciência a serviço do cuidado”.
A digitalização também contribui para aprimorar a gestão das propriedades. A interpretação dos dados auxilia o produtor na tomada de decisões, promovendo ajustes imediatos em fatores como alimentação, ventilação e limpeza.
A precisão das informações permite reduzir desperdícios e criar um ambiente saudável tanto para os animais quanto para quem trabalha com eles.
Carlos César Floriano e a inovação que humaniza o campo
“Os sensores não são apenas instrumentos de controle, mas aliados na compreensão do comportamento animal. Quando usamos a tecnologia com propósito, ela se transforma em extensão da sensibilidade humana”, destaca Carlos César Floriano.
O conceito de bem-estar animal vai além do conforto físico. Ele envolve a liberdade de expressão comportamental e a redução de fatores de estresse.
A tecnologia surge como ponte entre a observação científica e a prática diária, permitindo que o cuidado seja constante e ajustado às particularidades de cada rebanho.
Essa integração também fortalece a rastreabilidade e a transparência na cadeia produtiva, valores cada vez mais presentes nas exigências do consumidor moderno.
O uso de ferramentas digitais garante mais confiança no processo e reforça o compromisso ético do setor agropecuário com a sustentabilidade.
De acordo com Carlos César Floriano, o futuro da zootecnia será construído sobre a harmonia entre técnica e sensibilidade. “A inovação precisa manter o vínculo entre o homem e o animal. A tecnologia mostra o que o olho nem sempre vê, mas o cuidado continua sendo essencialmente humano”.
O avanço da zootecnia digital mostra que o desenvolvimento do campo não depende somente de máquinas, mas da forma como elas ampliam o alcance do cuidado.
No centro dessa evolução está a busca por equilíbrio entre produtividade, ética e bem-estar. Um novo ciclo onde o progresso é medido não apenas pelo resultado, mas pelo respeito à vida.